Sobre o amor e sobre o desconhecido
Quantos grãos de areia avivam o imenso deserto?
Se esse infinito ouro pudesse contar,
Quantos grãos há de se encontrar,
Antes que um de nós conheça o amor,
Que quer que se faça,
Que música se deseje dançar,
Que cheiro há de se sentir,
Antes que se toque tal pele,
Que caminho estranho se ande,
Que som de voz há de se ouvir,
Que sexo absoluto há de se provar,
Antes que toda vida se escape,
Fuja tão depressa que nem se pode lamentar,
Em um instante existirá a dor do fim,
O lar abandonado agora pode ser um pequeno jardim,
Se o breve sonar de adeus,
Despedaça mais um coração desajustado,
O eterno esperar - então – é apenas meu,
Para agora e para sempre!