MEUS RESTOS
Perdi-me de você...
O tempo certo separou as mesmas escolhas,
Mas nosso mundo divide-se por si só.
Penso que estou tão pronta quanto capaz...
Enlouqueço-me e perco meu pouco juízo em razões desgovernadas.
Perdi-me de mim mesma...
De meus afetos e seguranças,
Deixei para depois meus sonhos; imobilizei meus desejos.
Anestesiei.
Quão doce fazem-se suas palavras...
Faz-se até necessário seu corpo.
Iludo-me em meus devaneios,
Em minhas contradições,
Versos poucos e desesperados.
Sou Maria que não ama,
Sou Madalena que pouco sabe enganar...
Sou eu e Deus lutando por um rumo descente,
Por escolhas que não se transformar-se-ão em perdão.
Sou o menino tão bobo quanto os seus anseios,
Tão incerta quanto aos meus planos futuros,
Tão vazia quanto às batidas do relógio.
Vaga como uma obra inacabada!
Nota da autora: estou num momento de transição. Muitas coisas mudarão em meu jeito de conduzir as palavras, no andar das frases e textos. Continuo viva.