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Carmen Locatelli
A intensidade do medo define o valor de seus sonhos!
Textos
DESESPERO (IV) - As cinco ilusões do amor

O relógio insiste em perturbar o que antes era intocado: minha paciência e estabilidade.
Seus ponteiros perigosos agem como se sempre estivemos atrasados.
Como se todo o tempo do mundo não bastasse para ser feliz e só.
Os movimentos calculados e nada prodigiosos nos arrastam para cometermos novas bobagens e deslizes sem fundamentos.
Como é fácil estragar uma vida inteira e ruir por momentos vãos.
Tão fácil quanto destruir os mundos alheios é afundar nossa vida em ilusões e sonhos improvisados.
O tic tac sempre nos remete a pressa invisível nas coisas. É como se só o agora fosse o momento certo ( e é?), mas o desespero com que vemos os milagres ao nosso redor faz as coisas perderem seus valores.
Ser feliz e dar adeus a todo o resto já não basta. Não mais.
O desespero com que apresentamos o amor em nossas vidas nos torna obsessivos, pois em algum momento descobrimos suas imperfeições. (sentir já não basta)
Não somos capazes de amar algo pelo simples fato do amor dedicado a este.
Amarramo-o em nossa vida, fazê-mo-lo de escravo e matamo-o a cada instante.
Perdemos pelo fato de não deixá-lo livre de nós e nem capacitamo-nos a isso.
Não procure muitas explicações para o fracasso. Não há “porquês” justificáveis para tal ato.
Não basta sonhar um sonho melhor se não somos capazes de vivê-lo dignamente.
Olhos que apenas olham, jamais chegarão a profundidade da alma.
Logo existimos de novo sem amor.



Nota da autora: aguardem.
Carmen Locatelli
Enviado por Carmen Locatelli em 08/04/2010
Alterado em 08/04/2010
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